Toda esta comparação de certa forma incomparável começou quando vi o filme A Street Cat Named Bob no fim de semana. Ontem estava na cama na companhia maravilhosa da minha gata, que ultimamente adora enfiar-se dentro dos cobertores e dormitar no quentinho, quando dei por mim a pensar na quantidade de coisas em comum que a superação de um vício de drogas tem com a superação de um namoro que deu para o torto. Com o objectivo de formular a minha teoria nada científica, achei por bem ir pesquisar as diferentes fases de um toxicodependente quando quer com muita força de vontade deixar o vício. Na realidade quando uma relação termina, apesar de até esse ponto poder ter sido muito bonito, não passa de algo destrutivo (tal como as drogas!), e que tem de ser posto atrás das costas para que possamos seguir em frente e procurar as coisas que sempre desejamos para nós e não existiam naquela criatura. Algures pelo Google surgiu então o conceito de "Síndrome de Abstinência" que apesar de segundo a minha pesquisa indicar que dura aproximadamente entre 15 a 30 dias, todos sabemos que no caso das relações pode ser muito mais do que isso! Dada esta incompatibilidade de datas vou apenas focar-me nos sintomas de cada etapa da superação. A primeira fase descrita, também chamada de Fase da Ressaca, refere vontade em usar drogas, pesadelos, insónia, irritabilidade, depressão, angústia, cansaço, redução de apetite, impulsividade e atitude negativa. Relativamente à vontade de usar drogas aqui podemos juntar um pouco a impulsividade que é causada pela saudade, porque não se pode estar mais com a pessoa, e pela mágoa, que gera aquela super necessidade de fazer perguntas para as quais, na maioria dos casos, não há resposta e seria uma perda de tempo. Nesse ponto nada é mais importante do que as amigas que te impedem de enviar aquela mensagem com o insulto básico e que mostraria pouca classe ou com perguntas que no fundo te rebaixam. O fundamental nisto é nunca nos rebaixarmos porque ao menos mais tarde, quando olharmos para trás não vamos ter aquele remorso de ter dito coisas que não valia mesmo a pena dizer. Digam-nas às amigas uma, duas, mil vezes até não as quererem dizer mais. Pesadelos, insónias e cansaço também estão um pouco relacionados uma vez que uma pessoa fica ali deitada a querer dormir, toma comprimidos para a ansiedade e quando finalmente adormece lá aparece aquela "gonorrea malparida" a assombrar, logo quando acordas no dia seguinte, lembras-te que ela ainda não bateu a bota e foi desta para melhor, e já aí vem um dia mau porque estás a pensar no assunto logo de manhã. Às vezes o choro é preferível porque cansa e quando dás por ti estás a dormir profundamente. Mesmo que o demónio lá esteja, pelo menos adormeceste sem medicação e isso já é uma vitória. Afinal de contas ninguém quer passar de um namoro para um problema de drogas, não é verdade? A fase seguinte é chamada de Fase de Lua de Mel e caracteriza-se pela super confiança, reconhecimento da doença e optimismo. Ora bem, colocando isto em termos de relacionamentos é aquela altura em que parece que todas as lágrimas já foram esgotadas, em que passas a tarde no café com os amigos e o gajo só tem vem à cabeça de vez em quando mas está tudo controlado porque já chegaste à difícil conclusão que ele não passa de um miserável e mereces alguém muito melhor. Dado isto o que fazes? Vamos lá responder a quem mete conversa, combinar aí uns cafés ingénuos sem segundas intenções, conhecer pessoas novas e procurar o conforto que ele nos dava noutros seres humanos. Isto conduz logo à terceira etapa de superação de um vício, a Fase da Barreira em que vêm os flashbacks, ansiedade em peso novamente, depressão, dúvidas e receios, e o temido confronto com a realidade. É talvez uma das fases mais confusas porque é como se estivessemos de novo na estaca zero e o discurso dos amigos sobre teres de fazer o esforço para andar para a frente não adianta nada e até irrita. Calma que no fundo não é bem assim! Aqui percebes que não adianta sair com outras pessoas, pois nada vai ocupar o vazio que foi deixado, e que o melhor é aprenderes a estar sozinha já que nada é mais importante do que o amor próprio e estares bem contigo mesma. É também quando provavelmente descobres algo que te deita muito abaixo (muitas vezes relacionado com as dúvidas e receio) o que pode ser muito mau mas só mostra o quão ridícula e triste a pessoa é, por vezes ao ponto de teres pena. Isto apenas te confere certezas de que tudo foi pelo melhor e deves é estar feliz por uma pessoa tão tóxica, desrespeituosa e mentirosa não fazer mais parte de ti, e que se ela está "bem" na sua vidinha, por muito que te custe tens de fazer o mesmo. O importante aqui é que não é por ela não te querer, te ter traído ou ter fugido para a Antártida, mas sim por ti! A próxima etapa, e última, é a Fase da Adptação cuja única comparação que sou capaz de fazer com o que apareceu na pesquisa é a redução da tristeza. Confesso que desta não posso falar muito, mas acho que varia um pouco com a personalidade de cada um. Para mim esta fase terminará com a indiferença máxima ao ponto de olhar para a pessoa e ela ser invisível, de não me dizer absolutamente nada como se não tivesse sequer passado tempo com ela, talvez para outros capazes de perdoar termine com um aperto de mãos. E isto meus amigos, é o que eu penso à noite quando estou na cama a olhar para o teto. Ainda assim acho que no meu caso houve um grande mix entre a primeira e a segunda fase, no entanto não deixaram de acontecer, pelo que até acho que elaborei uma boa teoria. Deixo agora umas imagens todas motivacionais ou este post ficaria com demasiado texto e uma valente seca. Também aconselho mesmo a ver o filme do James e do Bob, vale muuuuito a pena e relembra que ao menos os animais de estimação não nos abandonam! ♥
Fontes WeHeartIt e @pequenasmemorias
Não podia deixar de mostrar uma foto do James e do Bob!



👏👏👏👏👏
ResponderEliminarQuesto ver esse fiiilme!!!! Parabéns pelo post 😉
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