sábado, 22 de fevereiro de 2020

Sabe o que estás a comprar!

A minha jornada no cruelty-free começou quando vi (partes de) um video em que os animais estavam a ser usados como cobaias em testes de cosméticos. Para além de ter ficado perturbada com o que vi, fiquei surpreendida por tal ainda ser permitido. Achava que esta prática super desnecessária já tinha sido abolida. Como é óbvio fui logo pesquisar se os meus produtos de beleza pertenciam a marcas que ainda usam animal testing. Posso dizer que não tinha um único cosmético que não tivesse sido testado em animais. Como uma animal lover, não podia continuar a dar dinheiro a quem testa produtos em gatos, cães, macacos e muitos outros. Só a imagem mental das minhas gatas a sofrem tais atrocidades dá-me a volta ao estômago. Após isto, decidi nunca mais comprar nada sem saber o que estou, na realidade (falarei disto mais à frente), a comprar. A ideia deste post é ajudar quem também quer entrar nesta jornada. Há então quatro princípios que (EU!) considero fundamentais:

1. Se um produto é vendido na China, então é testado em animais. 
Na China, o teste em animais é um requerimento. 

2. Se um produto é fabricado na China, não significa que seja testado em animais. 
Um exemplo disto é a Primark. Tudo bem que falar em Primark levanta todo um debate de sustentabilidade mas este post não é sobre isso.

3. Se um produto é vegan, não significa que também seja cruelty-free.
A Garnier lançou uma gama vegan, mas testa em animais. 

4. Uma marca pode auto intitular-se de cruelty-free, mas não o ser.
A NYX afirma que não testa em animais, mas pertence à L'oreal que testa em animais. Isto significa que ao comprarmos produtos da NYX, uma percentagem vai para a L'oreal que pode usar o dinheiro da compra em animal testing para outras das suas marcas. Estas situações são as chamadas área cinzenta (grey area). 

Obviamente não deitei tudo o que tinha ao lixo. Apenas sempre que um produto acaba, compro de uma marca cruelty-free. Felizmente existem drogarias na Alemanha que vendem bastantes produtos cruelty-free e bastante em conta. Digamos que o meu shampô para além de cruelty-free, também é vegan e custa 0.95€. Se vais à Austria ou Alemanha passar uns dias, aconselho a dar um salto na DM-drogarie markt. No entanto, sei que estas marcas não são vendidas em Portugal, porque pertencem à própria drogaria. Também desconheço a existência de cadeias de drogarias em Portugal (se existem let me know!). Como tal, fiz uma lista de várias marcas de cosméticos (cabelo, corpo, rosto e dentes) que podem ser encontradas no supermercado Continente e separei entre testa e não testa em animais.  Algumas não consegui encontrar nenhuma informação sobre se usam animal testing ou não e por isso estão na categoria "desconheço". 



Marcas que TESTAM em animais:

- OGX
- Tresemme
- Schwartzkopf
- Pantene
- L'oreal
- Rexona
- Nivea
- Linic (pertence à Unilever que testa em animas))
- Herbal Essences (Procter & Gamble)
- Revlon
- La Petit Marseillais (Johnson & Johnson)
- Syoss
- HS
- Corine de Farme
- Batiste
- Garnier
- Dove (Unilever)
- AXE
- Vasenol
- Love beauty & Planet (a ironia!)
- Palmolive
- Johnsons
- Sanex (Colgate-Palmolive)
- Plamer's
- Barnängen
- Colgate
- Sensodyne
- Theramed (Henkel)
- Aquafresh
- Oral-B
- Barral
- Neutrogena

Marcas que NÃO TESTAM em animais:

- Aussie
- MyLabel
- Confiança

Desconheço:
- Fa
- Eveline
- Body Natur
- Ach brito
- Lycia
- Atrix
- Protex
- Lux
- Lactovit
- Lovea
- Paradontax
- Jordan

A gigante lista de produtos testados em animais só mostra que os supermercados precisam de aumentar as marcas cruelty-free que vendem. Elas existem e não são assim tão poucas, no entanto a falta de inacessibilidade é um problema. Ninguém gosta de estar dependente da internet para comprar uma pasta de dentes ou um shampô. Alias, é só ridiculo que assim seja. É possível que me tenham escapado algumas marcas até porque não compro cosméticos em Portugal desde que me mudei há 3 anos. Se souberem de algo que deva ser incluido nestas listas ou souberem esclarecer alguns dos unknowns, digam-me!

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